26.4.08

Mais uma vez

Dorme

A noiva da velocidade

Tece tranças

Para o resgate

Fios desencapados

Labirinto

Mais uma vez

Prometeu

Morder o bicho

Que rói a maçã

Arrancar-lhe de dentro

Veneno e encanto

Mais uma vez

Prometeu

Quebra, fenda, fissura

Asa líquida

Sobre a cidade acesa

Da princesa

Paranóia

O relógio toca outra marcha nupcial, de cravos e ruído branco. Na alegria e no abismo, no fogo e no riso, no espelho de agulhas, no baile das navalhas

O último beijo agudo

Que me despertaria

No esquife

Cilíndrico

De cristal

Dorme

A noiva da velocidade

Era uma vez.