Mais uma vez
Dorme
A noiva da velocidade
Tece tranças
Para o resgate
Fios desencapados
Labirinto
Mais uma vez
Prometeu
Morder o bicho
Que rói a maçã
Arrancar-lhe de dentro
Veneno e
Mais uma vez
Prometeu
Quebra, fenda, fissura
Asa líquida
Sobre a cidade acesa
Da princesa
Paranóia
O relógio toca outra marcha nupcial, de cravos e ruído branco. Na alegria e no abismo, no fogo e no riso, no espelho de agulhas, no baile das navalhas
O último beijo agudo
Que me despertaria
No esquife
Cilíndrico
De cristal
Dorme
A noiva da velocidade
Era uma vez.
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